Profissionais recorrem ao clipping para mapear a presença de assuntos, marcas e personalidades na imprensa e embasar decisões estratégicas
O clipping jornalístico é uma ferramenta de monitoramento que reúne e organiza notícias, reportagens e menções veiculadas em diferentes meios de comunicação — impressos, digitais, rádio e TV — sobre temas ou marcas de interesse. Utilizado por redações, assessorias de imprensa e departamentos de comunicação corporativa, o clipping acompanha o desempenho de pautas, mensura a reputação e ajuda a guiar estratégias de relacionamento.
Ao centralizar conteúdos relevantes em um único relatório, o clipping reduz o risco de perdas de informações, acelera a reação a notícias negativas e contribui para a elaboração de relatórios de desempenho de mídia, pesquisas de mercado e análise de concorrência.
O que é Clipping?
No cerne do processo, o clipping consiste em:
- Coleta automatizada ou manual de conteúdos de mídia digital, impressa e broadcast.
- Filtragem por palavras-chave, temas, veículos, datas e autoria.
- Organização em relatórios periódicos ou sob demanda, frequentemente acompanhados de gráficos de volume de menções e análises qualitativas.
Essa sistematização transforma um grande fluxo de informações em insumos acionáveis para jornalistas, relações públicas, marketing e liderança.
Importância do Clipping no Jornalismo e na Comunicação Corporativa
- Identificação de Tendências: Permite detectar temas em ascensão, antecipando pautas e ajustando o conteúdo editorial.
- Avaliação de Repercussão: Mensura o alcance e a forma como um assunto é tratado pelos diferentes veículos.
- Gestão de Crises: Ao mapear imediatamente menções negativas, facilita respostas rápidas e a preparação de contrapontos.
- Análise de Concorrentes: Monitora as ações da concorrência, auxiliando na definição de posicionamento e diferenciais.
- Prestação de Contas: Em agências e consultorias, o clipping é prova documental do trabalho realizado junto à imprensa.
Quando e por que utilizar o Clipping
- Lançamentos de produtos ou serviços: acompanha o buzz de imprensa e a recepção do público.
- Campanhas institucionais: valida a eficácia de peças e mensura o retorno de iniciativas de branding.
- Períodos de crise: monitora discursos e identifica narrativas que possam demandar reação imediata.
- Relacionamento com stakeholders: embasa relatórios para diretores, acionistas e órgãos reguladores.
- Produção de conteúdo: gera insights para pautas jornalísticas e temas de blog, redes sociais e newsletters.
Como realizar Clipping: procedimentos e boas práticas
- Definir escopo e palavras‑chave: Selecione termos exatos, variações e sinônimos para evitar ruído ou omissões.
- Escolher ferramentas adequadas: Plataformas especializadas (por exemplo, Meltwater, Cision, LocalCircles) ou serviços de assessorias de imprensa que ofereçam monitoramento 24/7.
- Estabelecer frequência de relatórios: Diária, semanal ou sob demanda, conforme urgência das operações.
- Analisar qualitativamente: Vá além do volume de menções: classifique o tom (positivo, neutro ou negativo) e destaque citações relevantes.
- Compartilhar insights: Entregue relatórios visuais e objetivos para equipes de comunicação, diretoria e demais interessados.
Conclusão
O clipping jornalístico evoluiu de mera coleta de recortes para um processo estratégico que integra tecnologia, análise de dados e inteligência de mercado. Ao transformar informação bruta em conhecimento aplicável, o clipping fortalece a transparência, a agilidade na tomada de decisão e a capacidade de resposta de organizações diante de um ambiente midiático cada vez mais dinâmico.
Referências
- Silva, João. Clipping e Monitoramento de Mídias. Editora Contexto, 2017.
- Oliveira, Maria. Comunicação Corporativa e Clipping. Atlas, 2019.
- Duarte, Jorge. Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia. Atlas, 2014.
- ABERJE – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial. Disponível em: https://www.aberje.com.br
- Manual de Redação da Folha de S.Paulo, 2020.
0 Comentários